Numa noite fria e chuvosa demos inicio à 1ª sessão desta
edição dedicada à literatura policial.
Começamos com literatura policial nórdica com o livro “ O
guardião das causas perdidas” do dinamarquês Jussi Adler-Olsen.
Foi apresentada uma leitura encenada da obra num ambiente
escuro e tenebroso que pôs o nosso coração a bater mais depressa, criando o
ambiente ideal para a conversa que se deu de forma agradável, apesar do tema.
A dura privação da vítima
Merette Lyngaard, a relação dinâmica do detetive Carl Morck e do seu assistente
sírio Assad proporcionaram-nos momentos deliciosos, irónicos e sarcásticos como
os nórdicos sabem muito bem ser.
Durante muito tempo tínhamos dos países nórdicos a ideia de
uma espécie de subcontinente cheio de felicidade, lagos, neve, liberdade
sexual, bem estas social e um crescimento económico contínuo, mas constatamos
que estes ditos paraísos tinham produzido monstros, vítimas e horrores, tudo
escondido sob aquele manto de neve e de felicidade em que só a neve era real.
Ao contrário da “inocência” dos romances policiais clássicos, alguns dos autores nórdicos assumiram compromissos políticos que põem a nu corrupção e a ganância das empresas, o atropelo aos cidadãos pelo Estado e pelos grandes interesses.
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