domingo, 29 de abril de 2018

Funções da Literatura


1) Função lúdica: forma de brinquedo, diversão, entretenimento, jogo, despertar de emoções agradáveis, distração, sem qualquer finalidade prática e utilitária.
2) Função pragmática ou social: é uma função ética, utilitária e prática porque é a função do engajamento, da denúncia, da crítica. É a literatura compromisso ― arte como meio de consciencialização. Tem como objetivos: convencer, atrair adeptos, ensinar e esclarecer, difundir valores.
3) Função sincrónica ou sintonizada: através da Literatura restauramos emocionalmente o passado. Nesse sentido, cada leitor é um recriador de emoções.
4) Função cognitiva: é a função do reconhecimento. A Literatura funciona como elemento revelador da verdade oculta sob as aparências. É também a função da descoberta. Esta função está centrada no conteúdo transmitido.
5) Função catártica ou purificadora: catarse significa alívio de tensões, desabafo. A catarse é purificadora. Essa função tem uma longa tradição ― já era apontada na Poética de Aristóteles (século IV a. C.). Tem como objetivos: a compensação, a terapêutica e a transposição da personalidade.
6) Função perenizadora: a Literatura é a ânsia de imortalidade, é o desejo de sobreviver ao tempo, perenizar-se, eternizar-se. É o desejo de todo o ser humano de extrapolar o limite espaço-temporal. O objetivo desta função da Literatura e das artes em geral é o desejo de reconhecimento.
7) Função profética: na busca de mundos imaginários, o escritor, muitas vezes prediz o futuro com precisão quase absoluta. Não é à toa que chamamos ao poeta “vate”, que significa “cognato do vaticínio” na predição (previsão do futuro).
8) Função de “arte pela arte” (parnasianos): é um fim em si mesma; é o alheamento dos problemas sociais. É a arte literária que existe apenas e tão somente em função da busca da beleza, é o isolamento para um trabalho meticuloso, sem emotividade. Busca da forma perfeita: versos perfeitos, rimas perfeitas, estrofes simétricas, palavras raras.
9) Função de fuga da realidade, do escapismo ou da evasão: a Literatura funcionaria como um elemento de evasão do “eu”, permitindo-lhe a fuga à realidade concreta que o cerca. Pode ser construtiva ou destrutiva.
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Fonte: NightFoka’s Produções (www.nightfoka.cjb.net), 1999.


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