As bibliotecas deviam ser declaradas da
família dos aeroportos, porque são lugares de partir e de chegar.
Os livros são parentes
directos dos aviões, dos tapetes-voadores ou dos pássaros. Os livros são da
família das nuvens e, como elas, sabem tornar-se invisíveis enquanto pairam,
como se entrassem dentro do próprio ar, a ver o que existe para depois do
que não se vê.
O leitor entra com o livro
para o depois do que não se vê. O leitor muda para o outro lado do mundo ou
para outro mundo, do avesso da realidade até ao avesso do tempo... Continuar a ler
[Valter Hugo Mãe, in "Contos de cães e maus lobos]
Belíssimo texto de Valter Hugo Mãe. De facto as Bibliotecas são mundos. Adorei. Obrigada Ana pela partilha.
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