Desde 2011 que “enamorava” este livro, Os enamoramentos de
Javier Marias, só agora o consegui ler.
Um dos livros mais bonitos que li nos últimos tempos, não
tanto pela história que conta, mas pelo modo como a Javier Marias a conta.
Maria é uma mulher independente, vive sozinha, trabalha numa
editora e começa a dar-se conta todos os dias no café onde vai tomar o pequeno-almoço
de um casal, um homem e uma mulher, a quem rapidamente põe a alcunha de “casal
perfeito”, “era
como se houvessem adquirido o costume de respirar juntos um pouco”.
Pouco tempo depois, sem razão aparente, o homem é morto por
um arrumador de automóveis com três facadas. Este violento episódio e as
motivações por detrás do crime, se é que houve algum motivo, podiam fazer deste
livro um policial centrado na resolução desse enigma, mas este livro é muito
mais do que isso. É uma reflexão sobre o espaço que os mortos ocupam entre nós,
os vivos, uma reflexão sobre a dor extrema e uma reflexão sobre o que há de único
e incompreensível nos enamoramentos.
Já estou com vontade de ler...
ResponderEliminarEste texto convenceu-me. Fiquei com vontade de ler este livro, até porque, de vez em quando, temos de ter outras leituras sobre assuntos igualmente interessantes, mas supostamente mais leves. Os enamoramentos são sempre bons!
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