A
coleção reúne mais de 1.000 exemplares, entre eles um livro único
no mundo, do poeta espanhol Garcilaso de la Vega (1501-1536), editado
em 1587, em Lisboa (na imagem).
O
centro da exposição tenta recriar a "geografia imaginária" concebida por Pina Martins:
«Como
se arrumam os livros? Como ordená-los de maneira a
encontrar sem esforço o que se procura? Para a Biblioteca de Estudos Humanísticos, José V. de Pina Martins criou uma geografia, ancorada nos lugares de origem dos autores e das obras que colecionava. A sua biblioteca oferecia assim uma imagem ao mesmo tempo mental e espacial da Europa do Renascimento, que se refletia no modo de arrumação dos livros.
encontrar sem esforço o que se procura? Para a Biblioteca de Estudos Humanísticos, José V. de Pina Martins criou uma geografia, ancorada nos lugares de origem dos autores e das obras que colecionava. A sua biblioteca oferecia assim uma imagem ao mesmo tempo mental e espacial da Europa do Renascimento, que se refletia no modo de arrumação dos livros.
As
estantes reservadas aos pensadores do Humanismo do Sul estavam postas
em frente daquelas que abrigavam os textos escritos pelos escritores
do Humanismo do Norte. Ao centro de cada um destes conjuntos viam-se
os retratos a óleo de duas figuras tutelares: do Sul, Pico della
Mirandola parecia olhar a figura de Thomas More, humanista do Norte,
representado numa cópia do retrato pintado por Holbein. O critério
geográfico estendia-se às prateleiras ordenadas por países –
Portugal, Espanha, Itália, França, Inglaterra e “Resto da
Europa”. No seio destas categorias, a mesma lógica permitia criar
conjuntos, definidos de acordo com os locais de impressão das obras,
que conviviam com outros grupos, organizados em torno de autores e de
impressores mais representativos: Dante, as edições Aldinas, as
traduções da Utopia de Thomas More, os “Erasmos”, etc.»
Cada
obra está acompanhada por comentários do próprio Pina Martins, que
conta como a adquiriu e o que lhe interessou nela.
A
coleção de Pina Martins foi vendida pela família, após a sua
morte, ao Banco Espírito Santo, e pertence atualmente ao Novo Banco.
A ir visitar!
ResponderEliminarTambém quero ir. No dia 25 de Abril tinha visita guiada, mas não aproveitei.
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