O Deus das Pequenas Coisas de Arundhati Roy
É à nona sessão deste ano, que a Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal José Saramago chegou à Índia. Ainda antes do início, agendado para as 21 horas, a azáfama era visível nos bastidores: os saris eram ajustados ao corpo e a maquilhagem aprimorada para que a atmosfera fosse verdadeiramente indiana.
A técnica da BMJS, Maria Rijo durante apresentação deixou bem claro o que esperava de todos os pressentes "Queremos apelar aos vossos cinco sentidos: o olfato, através do incenso; a visão, com as cores dos saris; a audição, pela música que estamos a escutar (Ravi Shankar); o paladar, através das pequenas iguarias que iremos provar no final e o tato, porque vai tocar no livro que acabamos de ler".
Lajja Sanbhavnath - dançarina indiana do Templo Radha Krishna - levou ao palco improvisado duas coreografias de Dança Kathak, uma das oito formas de dança clássica indiana. Agradeceu muito o convite e ficou impressionada com o número de leitores presentes na biblioteca para falar de livros numa noite fria de inverno.
Apesar do frio, a discussão foi calorosa e dividida sobre o valor literário da obra em análise, uma vez que a escritora apenas escreveu este romance, porque se considera uma ativista política e não uma escritora, mas há livros que despertam paixões, como foi o caso deste, que despertou a paixão de uma das leitores que o defendeu contra aquilo que considerou ser um preconceito. A obra foi premiada com o distinto prémio para literatura em língua inglesa, Booker Prize, 1998.
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